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Eu pergunto…

Nas minhas pesquisas encontrei algumas pessoas que gostariam de fazer perguntas sobre assuntos da religião, muitas delas relacionadas com a preparação para o casamento.

O blogue não tem as potencialidades de um forum, mas pode ser aproveitado para isso. Crio esta página para que as pessoas possam perguntar, esclarecer as suas dúvidas.

Faça então o favor de perguntar…

33 comentários leave one →
  1. Carla permalink
    Setembro 1, 2011 10:35

    Quando rezamos o Credo dizemos: creio na ressurreição dos mortos. No CIC 1004 diz: “À espera desse dia o crente….”
    Pergunto: Quando morremos ficamos à espera (…)até à vinda de Jesus?

  2. Setembro 2, 2011 14:14

    VINDA DE JESUS
    O número 1004 do Catecismo da Igreja Católica fala efectivamente de uma espera. Refere-se ao iato de tempo entre a nossa existência terrena e o momento do encontro definitivo com o Salvador, com a nossa morte.
    Não sabemos ao certo como será a ressurreição. A igreja tenta interpretar as palavras de Jesus, assim como os apóstolos o fizeram em relação às Palavras de Jesus. Sabemos da sua existência porque o próprio Cristo nos afiançou sobre a realidade da nossa vida com Deus. Existem diversas referência nos Evangelhos.
    Jesus ressuscitou como primicia (1Ts 4, 14) dos que morrem em Cristo.Como isso
    Mas o momento da ressurreição, se será no dito fim do mundo ou se será na altura na nossa morte? Jesus foi o primeiro ser humano que ressuscitou. Foi Ele quem abriu as portas da Vida Eterna (Mt 27, 52-53 : “Abriram-se os túmulos e muitos corpos de santos, que estavam mortos, ressuscitaram; e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.”)
    Se a Igreja reconhecer a santidade de vida de muitos cristãos e os coloca como modelos de vida e devoção, é prova da sua ressurreição. A nossa oração pelos nossos irmãos falecidos só faz sentido acreditando na ressurreição no momento após a morte.
    Uma coisa eu sei. Devo seguir os ensinamentos de Jesus, a fim de viver uma vida nova no presente, ajudar a construir o céu aqui na terra. É desta forma que conquistamos, com a misericórdia de Deus, essa Vida divina. O céu não se compra depois da morte. Conquista-se com a nossa vida. Se vivermos com Cristo com Cristo morreremos e seremos conduzidos ao colo do Pai, Abba, que nos acolhe à sua mesa celeste, na morada que Jesus nos foi preparar (Jo 14, 2)

  3. miná permalink
    Setembro 4, 2011 22:01

    Faz sentido ou não, «mandar celebrar» missas pelos nossos defuntos!?

  4. Carla permalink
    Setembro 5, 2011 13:50

    Obrigada pela resposta que no ultimo paragrafo me fez pensar na Oração do Pai Nosso ” venha a nós o Vosso reino” Esse reino que devemos ir construindo na terra?

  5. Setembro 6, 2011 09:44

    REZAR PELOS DEFUNTOS
    Nós acreditamos na comunhão dos santos, que é uma ligação entre todos os crentes, o que peregrinam na terra e os que partiram para a casa do Pai.
    O CIC 957 define desta forma: ““Veneramos a memória dos habitantes do céu não somente a título de exemplo; fazemo-lo ainda mais para corroborar a união de toda a Igreja no Espirito, pelo exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a comunhão entre os cristãos da terra nos aproxima de Cristo, da mesma forma o consórcio com os santos nos une a Cristo, do qual como de sua fonte e cabeça, promana toda a graça e a vida do próprio Povo de Deus”.
    Faz sentido termos esta ideia presente para entendermos o porquê da resposta à pergunta dada: é bom mandar celebrar missas pelos defuntos.
    Citando novamente o CIC, no número 958, pode ler: “’Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primevos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos (…) e, já que é um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam perdoados de seus
    pecados’ (2Mc 12,46), também ofereceu sufrágios em favor deles.” Nossa oração por eles
    pode não somente ajuda-los, mas também tornar eficaz sua intercessão por nos
    .”
    E no número 1032: A prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura fala: “Eis por que ele [Judas Macabeu) mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado” (2Mc 12,46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar a visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos”.

    A minha opinião pessoal: deve-se rezar pelos defuntos. Mas que tenhamos algumas coisas em mente. A oração por excelência é a Eucaristia. Daí o colocarmos as intenções.
    Depois, não queiramos comprar o céu para alguém com missas, não é assim que funciona. O céu conquista-se em vida.
    Mas dado que o nosso amor é tão pequeno diante do incomensurável amor de Deus por nós, sentimos o desejo de dar o melhor para Deus. E então, continuamos a rezar com e pelos nossos irmãos em Cristo que já nos precederam na fé, para aumentar e purificar esse amor. Acredito que Deus não está a espera das intenções das missas para perdoar alguém dos seus pecaditos. Desde que nós procurássemos viver identificados com Cristo, apesar do nosso pecado, Deus no seu amor misericordioso, já nos perdoou. Qual é o pai que não perdoa o seu filho dos seus erros? E então Deus, que é Amor, não nos vai desculpar as nossas fraquezas? O Deus que eu conheço, olha ao coração e com o coração, e não apenas às obras da lei. Jesus disse-nos: “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem” (Lc 11, 13).
    Nós, os vivos, rezando pelos e com os que morreram, aumentaremos o nosso amor também, identificamo-nos mais com Cristo, e desta forma, a nossa oração não é um negócio e uma compra, mas gestos de amor. Não esqueçamos que é o Amor quem salva. Nós ajudamos a salvar os nossos irmãos com o nosso amor. E recorda-los, rezar por eles, com fé, é um acto de amor.
    Um esclarecimento: ninguém paga a missa. O seu valor é infinito. Paga-se a intenção que se coloca na missa, o facto de se ter pedido alguém para rezar pelas intenções particulares. É uma forma partilha.

  6. Setembro 6, 2011 10:13

    O REINO DE DEUS
    O Reino que Jesus veio instaurar é um reino de amor. O Seu desejo é que o amor seja o fundamento de uma nova forma de nos relacionarmos uns com os outros. No meio de tantas leis, proibições e obrigações, ele não quis que nos distraíssemos com definições e aparências. Mas em verdade e justiça, construirmos a civilização do amor. Não um amor egoísta e cuja referência sejam os critérios puramente humanos. Mas um amor que seja um sinal do amor de Deus pela humanidade.
    Qual a forma de pensar, ser e agir neste reino? Nada mais bonito e profundo que lermos as Bem-aventuranças (Mt 5, 1-12).
    Jesus não veio para ser uma segurança na morte e um conforto na vida. Ele veio para questionar as nossas certezas, nos desafiar a um pensamento multifocal, a sairmos da mediocridade, a superar os nossos limites e medos, a confiar plenamente em Deus, a criarmos relações saudáveis com o nosso próximo, a conhecermos Deus e a relacionarmo-nos correctamente com Ele.
    No fundo, Jesus quis ensinar-nos a não pensar exclusivamente no céu, depois da morte, mas a construirmos o céu já aqui na terra.

  7. fatima permalink
    Setembro 6, 2011 14:49

    Boa tarde! Parabéns pela excelente ideia! Temos sempre tantas duvidas. e quase sempre dificuldade em perguntar…assim torna-se mais fácil…

    Pergunta: Durante a oração Eucaristica ficamos em comunhão com toda a Igreja do céu, da terra e os defuntos?

  8. Setembro 6, 2011 18:46

    ORAÇÃO EUCARISTICA E A COMUNHÃO DOS SANTOS
    Para responder a esta questão, vou pegar numa afirmação de Jesus, que pode ser encontrada em Mt 18, 20: “Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.”
    Não é só na oração eucarística que estamos na comunhão dos santos.Sempre que nos reunimos para rezar, e mesmo individualmente, estamos a rezar sempre em comunhão com toda a Igreja, seja era peregrina, os cristãos que vivem esta vida, seja com os cristãos do céu, aqueles que já nos precederam na fé. Segundo a fé, todos estamos vivos, embora com uma existência diferente. Na Bíblia Deus diz: “Eu não sou um Deus de mortos mas de vivos” (Mt 22, 32).
    Na oração eucarística rezamos por toda a igreja, de forma mais evidente. Não quer dizer que só nesse momento estamos na comunhão dos santos.

  9. maria permalink
    Setembro 8, 2011 15:04

    porque partem as pessoas boas…pessoas trabalhadoras, sem inveja, com mt amor para dar e sempre de braços abertos….e fica entre nós pessoas (cada vez em maior numero)pessoas más, invejosas, preocupadas mais com a vida dos outros do que com as delas….que se fazem de boazinhas….com a mao no peito….para na proxima oportunidade atirar a pedra…..porque…..

  10. Setembro 8, 2011 18:59

    MORTE
    Olha Maria. Essa pergunta também eu já a fiz a Deus, e ainda hoje a faço. Pessoalmente, já passei por algumas situações que exigiram muito da minha fé. Posso partilhar o que penso sobre este assunto.
    Muitas vezes ouço dizer “é a vontade de Deus”, “foi Deus que a levou”. Estas afirmações, apesar de bem intencionadas, são mal interpretadas e duras de ouvir, e não correspondem à verdade.
    Deus não anda a ceifar vidas. Nem anda a colher as flores mais bonitas para ter junto de si, como eu também já ouvi. A vida é finita e limitada. Deus quer que a vivamos plenamente. E viver plenamente a vida é vivê-la com amor e tornando-a um lugar de beleza, mesmo no meio de tanta miséria.
    A vida na sua finitude, foge-nos por entre dos dedos. E Deus não pode fazer nada?
    Não. Deus só pode o que pode o Amor. Ele não pode “brincar” com a nossa liberdade e as regras da natureza.
    Quando a vida nos foge, e quem nos ama não pode mais socorrer-nos, aí sim, Deus intervém e “leva-nos” para junto de si. Não nos deixa desamparados, mas acolhe-nos no seu colo de Pai. E através do que chamamos a comunhão dos santos, continuamos em comunhão com esses entes queridos que estão na casa do Pai eterno. Aperta a saudade. Mas se pensarmos que ela é fruto do amor que estabelecemos com as pessoas, que valeu a pena te-las conhecido, e que um dia as veremos de novo (embora de forma diferente e desconhecida), será sempre um motivo de esperança e conforto no meio do sem sentido que é a morte.
    Onde está Deus no meio do sofrimento dos seus filhos? A sofrer com eles, tal como uma mãe sofre ao ver o seu filho sofrer, ocuparia facilmente o seu lugar, mas não pode. Mas a sua presença é reconfortante. Deus está também a chamar-nos a atenção e a convidar-nos para sermos seus colaboradores no apoio a quem sofre. Deus está sempre a pedir-nos que construamos a civilização do amor, que construamos o paraíso na terra, mas continuamos a viver, a educar, a agir e a sentir de forma tão egoísta.

  11. miná permalink
    Setembro 13, 2011 22:38

    Gostaria que nos esclarecesse acerca da existência ou no não do «domónio» ou anjos maus….

  12. MARIA permalink
    Setembro 22, 2011 10:26

    BOM DIA

    A VIDA É DIFICIL DE LEVAR FACIL ANIMO, PORQUE CADA DIA TEMOS DESILUSOES E ENCONTRAMOS PESSOAS MAZINHAS…E COM VONTADE DE FAZER SENTIR MAL AS PESSOAS…ONDE ESTÁ OS PRINCIPIOS E A EDUCÇAO DE OUTROS TEMPOS….QUAL O SINAL PARA CONTINUAR AMAR SEM LIMITES DEUS…..

  13. Setembro 22, 2011 17:54

    Por isso Jesus nos ensina a conhecermos o nosso interior, a dominar os nossos pensamentos, a acalmar o turbilhão que são os nossos pensamentos e emoções. Nós somos tão frágeis que damos poder aos outros de decidirem sobre o nosso humor e estado de espírito. Precisamos aprender a dialogar com os nossos pensamentos e emoções, a tentar entender os outros, mesmo que não aceitemos, porque aí esta a fonte da nossa segurança e do nosso equilíbrio. A melhor forma de lidarmos com a maldade do outros, e fortalecer o nosso espírito, e enche-lo de amor. Caso contrário, a ressentimento mata a nossa alegria de viver, o encanto pela vida, a paz de espírito, a saúde mental. Fortalecer a mente não significa endurecer, e embrutecer. Essas pessoas são frágeis, com um ego muito forte, que querem esconder a sua fragilidade emocional na sua rudeza. A pessoa segura de si, é aquela que não se deixa intimidar nem abalar pela maldade, e continua a acreditar na força do bem e do amor.
    Deixemos de gravitar em torno nos problemas e da maldade, e passemos a apreciar mais a vida e o amor. Deixemos que o sol do amor e da esperança aqueça o nosso coração e seja inundado, nos cantos mais escondidos, pela luz da alegria e da tranquilidade.

  14. Setembro 23, 2011 17:41

    A Existência do Diabo
    A Igreja, fundamentada na própria bíblia, fala da existência de anjos bons e anjos maus. Aos anjos maus denominamos demónio, satanás, tentador.
    Sobre os anjos, o Catecismo da Igreja Catóica (CIC) no nº 328 diz: “A existência dos seres espirituais, não-corporais, a que a Sagrada Escritura habitualmente
    chama anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura é tão claro como a unanimidade
    da Tradição.” E no número seguinte, 329, fala da sua função: “Com todo o seu ser, os anjos são servos e mensageiros de Deus. Pelo facto de contemplarem «continuamente o rosto do meu Pai que está nos céus» (Mt 18, 10), eles são «os poderosos executores das suas ordens, sempre atentos à sua palavra» (Sl 103, 20).
    Como são criatura de Deus, que cria por amor, por isso, em liberdade, tal como acontece com os homens, os anjos têm vontade própria. Isto é, podem aceitar servir a Deus ou não. Diz a Bíblia, numa linguagem figurada, que houve anjos que se revoltaram com Deus, e foram expulsos do convívio com Ele. A esses anjos a bíblia denomina por demónios, belzebu, satanás, tentador.
    Se aos anjos se atribui o papel de alguém que nos aproxima de Deus, o demónio usam o seu fascínio para seduzir e atrair para o mal, para longe de Deus.
    Como é que isto acontece realmente? Não sabemos. Sabemos da sua existência e das suas funções.
    Poderemos dizer que existe alguém a puxar-nos para o bem e para o mal? Isso é evidente. Lembremos S. Paulo que diz na carta aos Romanos (Rom 7, 19-20): “É que não é o bem que eu quero que faço, mas o mal que eu não quero, isso é que pratico.
    Ora, se o que eu não quero é que faço, então já não sou eu que o realizo, mas o pecado que habita em mim.” E continua S. Paulo que sai vencedor Graças a Deus, por Jesus Cristo: “Que homem miserável sou eu! Quem me há-de libertar deste corpo que pertence à morte? Graças a Deus, por Jesus Cristo, Senhor nosso!” (Rom 7, 24-25).
    Mas será que existe então aquele ser que nos tenta? Existir existe. Mas não quer dizer que ele nos tente assim.
    Podemos dizer que o mal existe no mundo. Como existe o bem. Vence aquele que nós mais alimentarmos. Tudo é fruto da nossa escolha, sabendo que ela é influenciada pela nossa educação, sensibilidade, debilidade, valores que cremos e vivemos.
    Com a nossa escolha para o mal, estamos a afastar-nos do projecto de Deus, da sua comunhão, vivemos orientados pelo mal, que por ser uma escolha abstracta, embora materializado em gestos, se pode dizer que vivemos segundo o espírito do mal, do demónio.
    Também se diz que um dos papéis do diabo é acusar-nos diante de Deus, como que a recordar-Lhe que nós não merecemos o perdão e o amor de Deus. Por isso Jesus diz que Ele é nosso defensor diante de Deus, pois deu a sua vida por nós.
    Se acredito na sua existência? Acredito. Se ele é como vemos na representação iconográfica? Não. Quem é que decide se escolhemos o caminho de Deus, do bem, ou o do mal, do diabo? Somos nós, no uso da nossa liberdade e responsabilidade.
    O diabo anda por aqui a perder-nos, endemonizando as pessoas? Não acredito nisso. O demónio tem poder? Tem. Mas Deus também tem, e prefiro acreditar na força do Amor de Deus.

  15. miná permalink
    Setembro 26, 2011 19:46

    ?Acreditar na virgindade de Nossa Senhora é um dogma da Igreja?E quem não acredita

  16. Setembro 27, 2011 19:21

    Virgindade de Maria.
    Sim, a Igreja tem um dogma sobre a fé na virgindade de Maria. A intenção deste dogma reside no facto de “confirmar” que Jesus é filho de Deus, que a encarnação de Jesus não teve intervenção de homem, tal como está escrito no diálogo de Maria com o Arcanjo Gabriel: “Como será isso se não conheço homem?” (Lc 1, 34). E também para defender a ideia de que Jesus não teve irmãos biológicos.
    O facto de defender a virgindade depois do parto, tinha uma intenção puramente teológica, e está ligado ao livro do Génesis. Lembramos que depois do pecado, e por causa dele, Deus disse à mulher: “«Aumentarei os sofrimentos da tua gravidez, entre dores darás à luz os filhos” (Gn 3, 16). Como Maria, não sofreu a influência do pecado original, e o Filho era o Filho de Deus, não estavam sujeitos ao castigo, e por isso, se quis passar a imagem que Maria não sofreu as dores do parto.
    Lembramos também que a Igreja sempre quis defender a virgindade como sinal da entrega total à causa de Deus.
    Com a evolução dos tempos, a Igreja deixou de colocar tanto a tónica na questão da virgindade física, e mais na virgindade de coração. O aspecto físico que quebra a virgindade, deixou de ser valorizado. Importa a rectidão de pensamento e de coração.
    Lembramos que, nas próprias palavras de Jesus, Maria nunca foi valorizada por ser a mãe biológica de Jesus, mas pela atitude de fé. Recordemos: “Sua mãe e seus irmãos vieram ter com Ele, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão. Anunciaram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te.» Mas Ele respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática» (Lc 8, 19-21). “Enquanto Ele falava, uma mulher, levantando a voz do meio da multidão, disse: «Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!»
    Ele, porém, retorquiu: «Felizes, antes, os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática.» (Lc 11, 27-28).
    Por isso mesmo, a questão da virgindade de Maria, pós-parto, deixou de ser significativa. Assim, a Igreja hoje afirma a virgindade na Encarnação, e que Jesus não teve irmãos biológicos.
    Podem perguntar: mas se ela era casada, nunca teve um relacionamento com o marido?
    Não era invulgar isto acontecer no tempo de Maria e José. Poderia ter acontecido perfeitamente com este casal, que tinha consciência de fazerem parte do projecto salvífico de Deus para a humanidade.

  17. miná permalink
    Setembro 27, 2011 23:16

    O pecado original! Não entendo mt bem, porque é que Deus quis « castigar» a humanidade com o tal pecado original…

  18. maria permalink
    Setembro 28, 2011 09:53

    bom dia

    por muito que tenhamos em conta o amor de DEUS, e acredite.. que existe algo acima de nós e do nosso querer…é dificil viver sem a pessoa que nos ama acima de tudo….nossa mae….mae que era justa, boa como ser humano…..simplesmente sempre com maos abertas.

    que estava sempre ali para nos dar a mao um gesto um carinho, e principalmente verdadeira…como conseguimos ultrapassar…..se calhar nao tenho forças para conseguir levar o caminho em frente…..e juntamente com vida do dia a dia tao dificil….

  19. Setembro 28, 2011 13:07

    É verdade que a morte é uma ruptura, uma separação. E só por si, ausência de sentido. Foi aí que Jesus quis dar sentido à vida. Testemunhando a existência de uma vida para além desta, e com a continuidade da nossa existência, em que perdemos o nosso corpo carnal, mas não a nossa identidade, Jesus deu sentido a esta vida terrena, e venceu a morte.
    Esta é uma situação limite que nos coloque face a face com os nossos limites. Jesus é a luz que nos faz ver além, apesar da dor.
    Muitas vezes se disse que Deus chama a si as pessoas que nós amamos. É verdade. Mas não no sentido de ser Deus que anda a colher, a ceifar, a tirar a vida. A morte, por mais dolorosa que possa ser, faz parte da nossa condição humana. Deus não pode intervir no livre arbítrio das pessoas e na ordem da natureza. Isso seria negar a sua essência, que é Amor. Quando se ama verdadeiramente, liberta-se, não se manipula. Por isso, a vida segue o seu curso. Onde está Deus no momento da dor? A nosso lado a chorar connosco.
    Então qual o sentido de Deus chamar a si? Quando a morte nos colhe, muitas vezes de surpresa, Deus não deixa que a morte tenha a última palavra. Não permite que os seus filhos fiquem sem vida, sem amor. Amar é dar vida. Então, é nesse momento do sem sentido, que Deus chama a si os seus filhos, acolhendo-os de braços abertos, partilhando com Ele a Sua mesa. E ao dar a Vida, embora diferente da actual, permite a chamada comunhão dos santos, a que já me referi anteriormente.
    Mas nós queríamos que os nossos entes queridos estivessem entre nós. É verdade. Eu também (já passei por momentos desses). Mas já que a vida humana não permitiu, eu sei que Deus permite que se mantenha essa ligação espiritual, onde encontramos força para superar esses momentos, e aprendermos a valorizar o que a vida ainda nos reserva.

  20. Setembro 29, 2011 00:28

    PECADO ORIGINAL

    Vamos conhecer o que nos diz o Catecismo da Igreja Católica
    (§388) Com o progresso da Revelação, é esclarecida também a realidade do pecado. Embora o Povo de Deus do Antigo Testamento tenha conhecido a dor da condição humana à luz da história da queda narrada no Gênesis, não era capaz de entender o significa do último desta história, que só se manifesta plenamente à luz da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. É preciso conhecer a Cristo como fonte da graça para conhecer Adão como fonte do pecado. E ó Espírito-Paráclito, enviado por Cristo ressuscitado que veio estabelecer “a culpabilidade do mundo a respeito do pecado” (Jo 16,8), ao revelar Aquele que é o Redentor do mundo.

    (§404) De que maneira o pecado de Adão se tornou o pecado de todos os seus descendentes? O gênero humano inteiro é em Adão “sicut unum corpus unius hominis – como um só corpo de um só homem” Em virtude desta “unidade do gênero humano”, todos os homens estão implicados no pecado de Adão, como todos estão implicados na justiça de Cristo. Contudo, a transmissão do pecado original é um mistério que não somos capazes de compreender plenamente. Sabemos, porém, pela Revelação, que Adão havia recebido a santidade e a justiça originais não exclusivamente para si, mas para toda a natureza humana: ao ceder ao Tentador, Adão e Eva cometem um pecado pessoal, mas este pecado afeta a Natureza humana, que vão transmitir em um estado decaído. É um pecado que será transmitido por propagação à humanidade inteira, isto é, pela transmissão de uma natureza humana privada da santidade e da justiça originais. E é por isso que o pecado original é denominado “pecado” de maneira analógica: é um pecado “contraído” e não “cometido”, um estado e não um ato.

    §402 CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO DE ADÃO PARA A HUMANIDADE
    Todos os homens estão implicados no pecado de Adão. São Paulo o afirma: “Pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores” (Rm 5,19). “Como por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, assim a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram…” (Rm 5,12). A universalidade do pecado e da morte o Apóstolo opõe a universalidade da salvação em Cristo: “Assim como da falta de um só resultou a condenação de todos os homens, do mesmo modo, da obra de justiça de um só (a de Cristo), resultou para todos os homens justificação que traz a vida” (Rm 5,18).

    Por outras palavras:
    Adão representa toda a humanidade. O pecado de Adão e Eva residiu em quererem ser Deus, assumindo o seu lugar. Por outras palavras, queriam viver sem Deus. Quando Deus sai do horizonte dos homens, prevalece o egoísmo, e a lei do mais forte. Daí surge a desordem que destrói a natureza e a humanidade.
    Assim, podemos dizer que a humanidade vive num estado de tendência, inclinação para o mal. Não é um pecado pessoal, cometido. Por isso, não somos responsáveis por esse “pecado”. Talvez não se devesse chamar pecado, mas porventura será a melhor forma de expressar a ideia que se pretende. O próprio S. Paulo fala da sua inclinação para o mal: “É que não é o bem que eu quero que faço, mas o mal que eu não quero, isso é que pratico” (Rom 7, 19-20). O próprio Jesus também foi tentado.

    Para tentar explicar melhor, vou utilizar a metáfora da balança: imaginemos uma balança de dois pratos. Quando Deus criou o homem e a mulher, criou-os por amor, logo, em liberdade de escolher o caminho a seguir. No uso do livre arbítrio, homem e mulher optaram por uma vida sem Deus. A tentação e a queda representam mesmo a inclinação natural que temos para o mal. Podemos dizer que, depois desse pecado original, o prato do mal pesa mais.
    Com o baptismo, o equilíbrio é restaurado, e podemos começar de novo. Por isso, Cristo é chamado também de “novo Adão”, porque se por um homem surgiu o pecado (mal) no mundo, por outro homem a humanidade foi salva.

  21. miná permalink
    Outubro 15, 2011 22:57

    O que é a alma?É verdade que ele sobe ao Céu?

  22. MARIA permalink
    Outubro 18, 2011 15:25

    BOA TARDE

    UMA OBSERVAÇAO E TABEM PODEMOS CONSIDERAR PERGUNTA…

    QUANDO VAMOS OUVIR UMA MISSA ESPECIFICAMENTE PELA INTEÇAO DE ALGUEM QUE NOS ERA QUERIDO (FAMILIA,AMIGO)GOSTAMOS DE OUVIR O NOME EM CAUSA, SEI QUE A FÉ E A INTENÇAO NAO PRECISA DE MENCIONAR O NOME,MAS SIM REZARMOS COM POR ESSA PESSOA.
    MAS AO OUVIR O NOME PARECE MAIS PRESENTE.
    NAO ACONTECE NAS SUAS MISSAS – LAMA….

    PODE RESPONDER…QUE A PRESENÇA TEM QUE SER INTERIOR….

    MAS ESTOU A DAR UMA OPINIAO.

    TAMBEM ACHO QUE NAO DEVERIAMOS PAGAR INTENÇOES, MAS TAMBEM ACONTECE EM TODA A PARTE….É UMA LEI CRISTA…PELO QUAL, TEMOS QUE CONCORDAR…OU ENTAO TERIAMOS QUE NOS AFASTAR….

    CUMPTS

    MARIA

  23. Outubro 21, 2011 21:14

    Maria, se calhar precisamos todos de entender melhor o que é a eucaristia, e o essencial do mistério que lá celebramos. Fomos habituados a ir à missa, sem entender muito bem porquê, ou só lavamos por ser pelas ditas intenções de quem partiu. Nada tenho contra quem anuncia as intenções ou o desejo que isso acontecesse. Mas só gostamos quando é a nossa, porque quando temos de ouvir o relatório de diversas que não nos dizem nada, também se ouve “lá vem o telejornal”. Se entendermos o que está por detrás desse anúncio, poderíamos falar de outra forma. Acredita que em tempos, se dava um moeda a algumas pessoas para que fossem mais pessoas rezar pela alma de uma pessoa, pensando que quanto mais pessoas rezassem mais depressa ia para o céu? E também que a missa só poderia ser por uma única intenção, caso contrário seria como um bolo que era repartido, não por uma pessoa mas por várias, e logo, ficava menos para cada um?

    Não é o enunciar a intenção que faz com que seja mais válida a missa. É apenas uma questão de gosto pessoal. Eu já celebrei missa pelas minhas irmãs, foram divulgadas no boletim e nunca ninguém me ouvir pronunciar o nome delas. Mas respeito esse seu gosto.

    Quanto à questão de pagar a intenção, no fundo posso dar-lhe razão. Se houvesse mesmo solidariedade cristã, fé profunda, tudo seria diferente. O pagar a intenção da missa é um contributo para o sustento da igreja, por um serviço que alguém presta. Se as pessoas cumprissem todas as suas obrigações com a igreja, concordo que essa forma de contributo pudesse ser alterada.

    Termino dizendo que a missa é para os vivos e pelas suas intenções, sobretudo aquelas que os ajudem a serem melhores, pessoalmente e em comunidade. Mostramos a nossa solidariedade para com os irmãos que já partiram, sejam eles enunciados ou não. E como cristãos esclarecidos e comprometidos, devemos aprofundar a nossa fé, a centralidade da eucaristia na vida de um cristão, e a vivência da nossa fé em comunidade.

  24. Outubro 24, 2011 17:38

    ALMA
    O que é a alma? De uma forma muito sintética, a alma é a vida do homem. Não apenas uma vida biológica, mas a essência do homem, aquilo que ele é, e que S. Paulo chama de Corpo Espiritual. Por não ser material nem palpável, dizemos que é espírito.

    Se a alma sobe ao céu? Não. Isso é consequência dos limites da nossa linguagem, e utilizamos a simbologia para reforçar a ideia que se deseja transmitir. Quando se fala em subir, estamos a referir-nos a algo acima de nós, algo elevado, lugar de honra e beleza. Estar de rastos, estar na lama, no fundo do poço é o oposto.
    Se a alma é a nossa essência, aquilo que nós somos realmente, e sendo espiritual, não é atingida pelo fim biológico da vida. Nós somos muito mais que a carne que temos. O nosso corpo, carne, é uma forma de nos identificarmos e comunicarmos. Mas o que nós somos é o nosso pensamento, os nossos sentimentos, o que acreditamos. E é esse corpo que se perpetua para além da morte e da corrupção do corpo. Acreditamos que a alma daquele que viveu em comunhão com Deus, viva no céu, o lugar da comunhão plena e perfeita com o Pai. Se a pessoa viveu longe de Deus, depois da morte, havendo continuação da existência, apenas de forma diferente, a pessoa viverá sem Deus. A isso chamamos inferno.

  25. miná permalink
    Outubro 25, 2011 17:45

    Gostei muito da sua explicação; não é que eu estivesse muito longe do que me foi transmitido , mas fiquei muito mais esclarecida.

  26. Marina Lorena permalink
    Janeiro 23, 2012 11:16

    olá!
    Estou a fazer uma trabalho sobre a minha rua e a sua persoladidade! Rua centro social S.SALVADOR, mas estou com bastanta dificuldade em encontrar informação sobre S.SALVADOR!!!
    Gostaria de ficar mais elucidada sobre este assunto, Obrigada,

    Marina Lorena

  27. Janeiro 25, 2012 23:23

    O destino existe? Ouve-se muitas vezes dizer isto ou aquilo aconteceu porque estava destinado, será que sim?

  28. Janeiro 25, 2012 23:29

    Para a Lu

    A palavra destino como predestinação não é uma palavra cristã, porque Deus não predestina nada para ninguém, a não ser o seu amor e salvação. O resto depende das nossas escolhas, e das escolhas que outros possam fazer. O destino está nas nossas mãos.
    Quem estiver atento pode ler a aproveitar as oportunidades e as circunstâncias para crescer; quem estiver distraido passa ao lado. As minhas escolhas, ou a falta delas, influenciam o meu amanhã (destino). A maioria das coisas não entendemos porque é o nosso inconsciente que influencia. Nosso e dos outros. Nós somos um ser em relação e em permanente interação. Somos um ser sistémico, que influencia e é continuamente influenciado nesta teia de relacionamentos. Por isso muitas coisas fogem do nosso domínio e influência. Por isso, quanto mais consciência tivermos de nós mesmos, do que somos, sentimos e agimos, mais positivamente influenciamos o nosso amanhã (destino).

  29. Janeiro 25, 2012 23:30

    Marina, S. Salvador não é senão a pessoa de Jesus, o nosso salvador. É nos evangelhos que mais informação recolhe.

  30. Janeiro 27, 2012 20:20

    Obrigado, pela resposta que vai de encontro com o meu pensamento, pois se houvesse um destino defenido que culpa teriam as pessoas de ser como são com as suas qualidades e os seus defeitos.

  31. Maria Graça Melo permalink
    Fevereiro 22, 2012 10:49

    Amigos, estou a organizar um livro/ colectânea para o dia do pai. Quem quiser participar, p.f. contacte-me: Maria Melo. email: fast.livro@gmail.com

  32. Jose Manuel de Abreu permalink
    Fevereiro 24, 2012 18:25

    Boa tarde Pe José Carlos,

    Foi por curiosodades que pesquisei sobre os discilpulos de Emaus no google e apareceu-me vosso blog.
    A minha pergunta é a seguinte:
    Fui contactado por uma senhora que se diz fazer parte da comunidade dos Disciplulos de Emaus, dos pobres para os pobres,com morada em Rua Nova de Santa Cruz,124 em Braga, oque me pode dizer sobre esta comunidade? Se é católica?
    Gostava de ter a opiniao.
    Visitei o site e achei o seu trabalho fantastico. Que Nosso Senhor lhe dei todos as graças para perseverir muito tempo.
    José Manuel de Abreu

  33. Teixeira permalink
    Setembro 21, 2016 21:43

    Boa noite, parabéns pela sua ideia

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